Encontramos momentos na vida, que nos inspiram, para divulgarmos aquilo que a nossa própria alma sente. Com certeza, estes momentos nascem numa experiência interior, quer dizer, num profundo diálogo com Deus. Estes momentos nascem, quando mergulhamos dentro da nossa alma e nós nos perguntamos: de onde viemos, onde estamos e para onde caminhamos? E encontramos a resposta neste profundo diálogo com Deus - quando Ele se torna, para nossa existência, o Caminho, a Verdade e a Vida. Assim, compreendemos, que o Senhor nos convida a cumprir uma grande missão: que todos possamos nos chamar de irmãos e de seus filhos.

É preciso que exista mais amor e união entre nós, para que possamos ser a semelhança e a imagem de Jesus Cristo. Foi ELE que afirmou que veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância.

Nestas reflexões, quero convosco mergulhar no fundo das nossas almas e procurar viver a vida conforme nos foi dada.

Pe. Jan Zasowski

sexta-feira, 29 de março de 2013

A Cruz daquela Sexta-feira e de hoje



A Cruz

É a experiência da noite obscura, dos trovões, dos ventos, das pedras que caem de todos os lados. É a experiência do enfraquecimento e do encorajamento.
A cruz - ela deixa feridas, machuca...
A cruz também é o sinal da perseverança, do amadurecimento, da purificação.
A cruz carrega o pecado do ódio, da vingança, da inveja, da maldição  -  enfim, de todas as maldades mais cruéis do mundo.
O vencedor é este, que sabe responder  junto com Cristo: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”.
Morrer para si mesmo, é morrer para que não haja mais tantas formas da morte, que matam o espírito e produzem o sofrimento eterno.

Seja, ó Pai, a tua vontade, não a minha!
Esta afirmação vem do espírito voltado para amor, a verdade e a justiça.
Esta afirmação não apresenta o medo diante das injúrias e perseguições.
O medo se produz   por causa da covardia e da divisão dentro de nós.
O medo se produz por falta da maturidade e por falta da coerência diante do espelho da verdade.
O medo se produz na medida, em que o pecado forma em nós  “patologia” do poder, ter e prazer.
Este, é o medo mais doloroso, pois fecha a possibilidade de sermos  livres e termos  a paz dentro de nós.
O medo produz a insegurança e as estratégias para excluir o adversário.
Não é o caminho da sabedoria, mas é o caminho mais absurdo que podemos tomar,  e que nos afunda nas profundezas do abismo, pois nos confunde e não deixa enxergar a luz.
O medo é contínua defesa no meio do barulho, da guerra, que gera violência e morte, porque tudo é contrário à vida, contrário à paz.
Esta é a cruz do ladrão não arrependido, que não pediu o perdão,  que não reconheceu o próprio mal e que acabou ser infeliz...
A cruz da conversão, do “bom ladrão”  -  do arrependido, e a cruz da aceitação da própria miséria, do próprio pecado...
A lição da Cruz de Jesus é a lição da Cruz do Amor, da Vitoria, da Ressureição,  da Vida Eterna.
É a Cruz do Mestre, que deu o testemunho da verdade: ”a verdade vos libertará”(Jo 10, 10).
É a Cruz que venceu todo mal,  toda ingratidão, toda traição, enfim, toda morte.
É a Cruz, que tem sua vitória: PAZ, JUSTIÇA, AMOR, VERDADE!

Senhor, dê–me a luz para que eu não  me confunda nas trevas do poder, da ambição , da falsidade.
Dê–me  a coragem dizer “sim”, onde devo defender as causas da justiça e da verdade e nunca ser adepto das diplomacias, que promovem, mas não procuram viver a vida com dignidade.

Pe. Jan Zasowski



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